ATENÇÃO!
INSCRIÇÕES PRORROGADAS



Categorias concorrentes:

Ladainha / Corrido / Quadra ou Chula


Valor da premiação para cada categoria:
R$ 600,00 (seiscentos reais)


Encerramento das inscrições:

PRAZO PRORROGADO ATÉ 04 DE NOVEMBRO.
Prazo máximo também para postagem via SEDEX.


Critérios para seleção:

* Ladainha – de acordo com as formas tradicionais dos mestres da Capoeira Angola, Pastinha, Valdemar, Traíra, dentre outros.

* Corrido – Dentro dos padrões poéticos e melódicos dos corridos dos Mestres Pastinha e Bimba e outros mestres dos anos 60.

* Quadra ou Chula - assim chamado na Regional pelo mestre Bimba.


Regulamento:

Todas as músicas terão que ser inéditas / não ter sido gravada;
Cada participante só poderá inscrever 01 música por estilo.


Documentação para inscrição:

1. Ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada (disponível para download ou já impressa nos locais de inscrição abaixo citados);

2. Cópia dos documentos RG e CPF;

3. 04 cópias da letra impressa.

Obs: Cd com a gravação é opcional.

Clique aqui.


Local das inscrições:

Casa dos Instrumentos da Coleção Emília Biancardi
Rua Gregório de Mattos, 31
Centro Histórico

Projeto Mandinga
Instituto Jair Moura
Rua Comendador José Alves Ferreira, 170
Garcia

Maiores informações:
(71) 8847-0925 ou 8732-2476

Realização:
Instrumentos Musicais Tradicionais Coleção Emília Biancardi e Instituto Jair Moura.

Programação Cultural - 2008


Setembro


Exposição Temática – O Som Tradicional do Mundo
Local: Instrumentos Musicais Tradicionais da Coleção Emília Biancardi
Período: Todo o mês
Horário: 09h às 12h / 13h às 17h
Aberto ao público



Outubro


Exposição Temática – O Som Tradicional do Mundo
Local: Casa dos Instrumentos Musicais Tradicionais da Coleção Emília Biancardi
Período: Todo o mês
Horário: 09h às 12h / 13h às 17h
Aberto ao público


Seminário - II Encontro de debates da Música atual e tradicional da Capoeira
Dia: 05 de outubro
Local: Instituto Jair Moura
Rua Comendador José Alves, 170 - Garcia
Hora: 19h


Aula aberta: Ver e Aprender – Sons dos instrumentos tradicionais da Coleção Emília Biancardi
Dia: 10 de outubro – sexta-feira
Local: Casa dos Instrumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi
Hora: 20h
Para alunos das Escolas públicas


Novembro


II Festival de Ladainha, Quadra e Corrido
Prêmio: Tributo aos Mestres Pastinha e Bimba

Seleção final do festival:

07 de novembro – sexta-feira, 18h
Praça Tereza Batista - Pelourinho

08 de novembro – sábado, 16h
Praça Tereza Batista - Pelourinho


Espetáculo: Berimbalada – mostragem cênica da Coleção Emília Biancardi
Aberto ao público



Homenagem ao dia Nacional da Consciência Negra
Exposição Temática - Percussivos da Consciência Negra
Abertura: 10 de novembro
Local: Casa dos Instrumentos Musicais Tradicionais da Coleção Emília Biancardi
Horário: 09h


Exposição Temática – Máscaras que Tocam
Abertura: 03 de Novembro
Local: Teatro Miguel Santana – Pelourinho
Hora: 16h


Palestra – Máscaras dos Gueledés
Palestrante: Antonio Luis Figueiredo
Dia: 04 de novembro
Local: Teatro Miguel Santana
Horário: 16h



Espetáculo - Grupo Exposição Cênica Máscaras que Tocam em Movimento da Coleção Emília Biancardi.
Público destinado: Integrantes do Balé Folclórico da Bahia, alunos das Escolas Municipais e Estaduais e interessados
Parceria: Instrumentos Musicais Tradicionais Coleção Emília Biancardi e Fundação Balé Folclórico da Bahia.


Palestra: Eu e o Gantois
Palestrante: Mônica Millet
Dia: 11 de novembro
Local: Teatro Miguel Santana
Hora: 16h


Entrega da placa “Tributo ao maior dançarino de alujá de xangô Luis Fernando – Formigão”


Dezembro



Exposição Temática – Celebrando Instrumentos Musicais do Oriente
Abertura: 1º de dezembro
Período: Todo o mês
Local: Casa dos Instrumentos Musicais Tradicionais Coleção Emília Biancardi.
Horário: 09h às 12h / 13h às 17h
Aberto ao público


Evento itinerante - Pandeirinhos e Pandeirolas na marcha do Presépio - encerramento das atividades dos alunos da Coleção Emília Biancardi e dos Miúdos da Ladeira do Teatro XVIII.
Facilitadores: Carlos Alberto, Daniela Machado – Coleção Emília Biancardi
Profªs: Rita e Mabel Veloso – Teatro XVIII

Parceria: Instrumentos Musicais Tradicionais Coleção Emília Biancardi e Teatro XVII.

Instrumentos Musicais Tradicionais



O interesse de Emília Biancardi por instrumentos musicais de cultura popular fez nascer a Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais “Emília Biancardi”.
Essa coletânea, de valor histórico-cultural inestimável começou a ser formada quando de uma pesquisa realizada no interior da Bahia a partir de um maracá, recebido como presente de uma pessoa amiga. Depois, as peças foram sendo adquiridas, muitas com esforço e sacrifício pessoal da Professora e outras tantas presenteadas a ela por seus amigos. Hoje, o acervo compreende mais de 1000 instrumentos – sejam oriundos dos cinco Continentes de mais diversos países, sejam criados ou recriados por Emília Biancardi a partir de suas pesquisas para seus projetos e espetáculos.
A Coleção engloba instrumentos de categorias diversas, incluindo os de cunho cerimonial, destacando-se relíquias musicais de índios brasileiros a exemplo dos instrumentos das tribos Camaiurais e Calapalos, do Xingu, e Carajás - da Ilha do Bananal.
Com todo esse material em mãos, com sua visão de etnomusicóloga, folclorista e professora, Emília Biancardi, decidiu montar exposições proporcionando compartilhar essa riqueza com outras pessoas interessadas pelo tema.
Esses eventos são verdadeiras atividades didáticas. A exposição dos instrumentos é utilizada para despertar o interesse pela cultura popular tradicional e pelo folclore incluindo em sua programação, na maioria das vezes, demonstração de alguns instrumentos expostos, palestras e debates relativos ao tema escolhido.As primeiras mostras aconteceram nos Estados Unidos - no Caribe Cultural Center e no Lincoln Center em New York, na Fundação Cultural de Woodstock Time, e em várias Escolas e Universidades americanas.
Na Bahia a Coleção já participou de eventos e exposições em diversos locais sendo, inclusive, motivo para um projeto didático-pedagógico que objetivava a dinamização de Bibliotecas Públicas, desenvolvido em parceria com a Fundação Pedro Calmon.
A Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais “Emilia Biancardi” participou, em 2005, do Mercado Cultural conceituado evento realizado anualmente em Salvador/Bahia.
Atualmente encontra-se aberta à visitação pública na Rua Gregório de Mattos, 31, Pelourinho em Salvador-BA, com visitação aberta ao público das 09h às 12h e das 13h às 17h.

Algumas peças do acervo




















Fotos: Gina Leite

Trajetória


Emília Biancardi, etnomusicóloga, professora e pesquisadora da música folclórica brasileira, é especialista nas manifestações tradicionais da Bahia.
Nascida em Salvador, Bahia, viveu sua infância e parte da adolescência em Vitória da Conquista, interior do Estado, o que lhe proporcionou os primeiros contatos com as manifestações populares que, desde então, a fascinavam.
Em 1962 criou o grupo "VIVA BAHIA", o primeiro e mais importante grupo parafolclórico do Brasil, na época. Levando para os palcos do mundo inteiro a materialização de incansável pesquisa do repertório musical afro-baiano.
Perfeccionista ao extremo, a professora Emília Biancardi sempre procurou expressar nos seus espetáculos o que de mais genuíno existia na cultura baiana. Para a formação dos seus alunos, reuniu os melhores representantes das manifestações culturais de Salvador e do Recôncavo Baiano. Entre os professores estavam Mestre Pastinha e João Grande (capoeira), Mestre Popó do Maculelê (foi com o grupo "VIVA BAHIA" que pela primeira vez o Maculelê foi apresentado para o grande público e divulgado no exterior), Neuza Saad (dança), D. Coleta de Omolu (dança do Candomblé), Sr. Negão de Doni (toques do Candomblé) e Mestre Canapun (puxada de rede). Muitos outros mestres de capoeira passaram pelo grupo, como Bom Cabrito, Alabama, Cabeludo, Saci, Antonio Diabo, Manuel Pé de Bode, Coice de Mula, Amém, Jelon, Loremil, Nô, Camisa Roxa e Boca Rica, entre outros. Consagrado internacionalmente, serviu de inspiração e incentivo para a formação de outros grupos de prestígio no Brasil e exterior, inclusive para o Balé Folclórico da Bahia, cujo criador, Walsson Botelho, foi integrante do grupo e discípulo da professora Emília Biancardi.
O "VIVA BAHIA" foi um dos principais responsáveis pela internacionalização da capoeira. Muitos mestres que viajaram com o grupo não retornaram das viagens. Amém ficou na Califórnia, Jelon e Loremil introduziram a capoeira em Nova York, nos anos 1970.
As viagens incluíam toda a América do Sul, Europa, EUA, Oriente Médio e África. As apresentações no exterior integraram promoções culturais realizadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e da Bahiatursa, além de turnês organizadas por empresários, com exibições em teatros e festivais diversos.
A grandiosidade e excelência do trabalho realizado pelo grupo foi reconhecida pelo escritor baiano Jorge Amado, que afirmou o seguinte:
"O Conjunto 'VIVA BAHIA' é uma realização vitoriosa e digna de todo apoio em seu trabalho de divulgação do folclore brasileiro (...) Seus espetáculos e seus três LPs dão uma visão realmente admirável da beleza do folclore baiano".
Como professora do Colégio Estadual Severino Vieira, Biancardi idealizou, em 1968, a Orquestra Afro-Brasileira, usando instrumentos tradicionais, e outros criados e confeccionados por ela e pelos alunos. Criou e dirigiu por 10 anos a Fundação Yabás Arte Brasil em Woodstock-Nova Iorque, EUA. Compõe músicas para balés e peças de teatro, aplicando os conhecimentos adquiridos através de pesquisas da música folclórica rural e urbana. Tem seis livros publicados ("Lindro Amo", 1968; "Cantorias da Bahia", 1969; "Viva Bahia Canta", 1970; "Dança da Peiga", 1983; "Olelê Maculelê", 1990 e "Raízes Musicais da Bahia", 2001), além de textos sobre a música tradicional publicados em livros e revistas no Brasil e exterior. Lançou três LPs pela Philips do Brasil ("Viva Bahia nº. 1", "Viva Bahia nº. 2" e "Folclore Rural") e um Cd pelo Club House Studio Germantown, Nova Iorque, EUA.